Com o intuito de proporcionar para o público o melhor da cultura de rua, aconteceu neste sábado (28), a Batalha do Porto, no 16º Festival América do Sul Pantanal. O local escolhido para as batalhas de dança e de Mc’s foi o Palco Rio Paraguai, no Porto Geral em Corumbá.
Cada batalha contou com a presença de três jurados. Para a dança, conhecida como All Style, veio de Três Lagoas Victor Pereira (Killa Kingz), Chock (Welove 2 Rock) de Dourados e Formiga (USC) de Corumbá. Já para as disputas de MC’s, esteve presente Manw, Miliano e Lili Black.
Participaram artistas de todo o estado, como é o caso do Nelson Oliver de Bataguassu. “Comecei a dançar com 12 anos, mas por causa de problemas parei e voltei a pouco e voltei a batalhar também. Isso aqui é o que me deixa mais vivo, e vir até aqui representando minha cidade é mais incrível ainda, só de estar aqui já valeu tudo”, comenta.
O campeão de All Style foi o dançarino Manha e na batalha de Mc’s foi La Brysa, ambos receberam premiação em dinheiro. “Pra mim a Batalha começou como forma de diversão, como sou de Três Lagoas as pessoas que rimam são poucas, então fui pra Campo Grande e fiquei três anos. Foi nesse tempo que peguei experiência e as pessoas começaram a me conhecer. Só que ainda quero que seja igual o espaço, gostaria de ver mais meninas, tranvestis, trans, para deixar equilibrado as batalhas”, comenta a MC.
Foto: Muriel Xavier
Foto: Álvaro Herculano
Batalha do Porto
Com uma forte cultura hip hop em Corumbá, a Batalha do Porto é um momento tradicional e que tem sua extensão além do Festival, sendo formado pelos próprios artistas locais. A coordenadora de audiovisual da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, curadora do audiovisual, cultura de rua e LGBTQIA+ do Festival, Lidiane Lima, explicou os processos de formação da batalha.
“Eu conheci essa iniciativa há alguns anos, um projeto independente que ainda estava ganhando peso com a juventude local do hip hop e já tinha esse nome. E dentro disso, como eu também sou do movimento, achei que seria legal trazer para dentro do Festival e foi crescendo, a cada edição foi ganhando um peso. Hoje a galera que era adolescente lá no início, hoje já são os produtores da Batalha. Estamos nesse patamar hoje, com o trabalho dessa galera, e isso me emociona muito, ver o que se tornou um movimento independente”, conclui Lidiane.
Foto: Muriel Xavier
Foto: Álvaro Herculano
Texto: Bianka Macário Foto destacada: Muriel Xavier