Lá pelas tantas da madrugada de sexta-feira para sábado, a cantora baiana Margareth Menezes cantou um trecho de “Cunhataiporã”, canção imortalizada na voz de Tetê Espíndola. À capela, a voz grave ecoou e arrancou suspiros e arrepios de quem acompanhava a apresentação de Margareth. Essa foi apenas uma das demonstrações do carisma da cantora, que fez um show cheio de energia, que encerrou a segunda noite do Festival América do Sul Pantanal.
Incansável, a cantora cantou e dançou sem parar do começo ao fim da apresentação. No setlist, sucessos próprios como “Faraó” e “Dandalunda” dividiram espaço com hits de outros artistas como “Luz de Tieta”, de Caetano Veloso, “Toda menina baiana”, de Gilberto Gil e “Me abraça e me beija”, da Banda Eva. No que dependesse do público, a apresentação provavelmente se estenderia até o amanhecer.
“Essa mulher é maravilhosa, eu sempre fui uma grande fã e poder vê-la, de pertinho assim, é a realização de um sonho”, conta Benedita do Anjos, que acompanhou a apresentação da grande e cantou todos os sucessos. “Nós temos a mesma fé e a Margareth coloca tudo isso em suas músicas. O que ela canta me representa muito”, argumenta.
Felipe Augusto também cantou e dançou sem parar. “Na hora que ela começou a cantar Faraó, eu enlouqueci. Foi perfeito demais”, comentou o jovem de 20 anos. “O axé, a energia que tem essa música, é incrível. Eu sou apaixonado pela Margareth, ela me deu a mão. Não vou esquecer essa noite nunca mais”, completa.
Após se despedir, a cantora acabou voltando ao palco sob os pedidos de bis e fez mais um pot-pourri com sucessos do axé baiano, incluindo Elba Ramalho. Mesmo depois de mais de uma hora de show, todo mundo pulou e dançou junto da cantora, que se mostrava cheia de disposição para presentear o público em Corumbá com muita alegria e boa música.
Texto: Thiago Andrade – Assessoria FASP 2022
Fotos: Marithê do Céu e Vaca Azul