Representando o rap campo-grandense no 16º Festival América do Sul Pantanal (Fasp), o jovem RCR subiu ao Palco Rio Paraguai na noite de sábado (28) para um show autoral carregado de personalidade e estilo intitulado “No Mei do Mato”. MC na cena musical desde 2014, o rapper deixou uma ótima impressão no público que lotou a praça onde o palco está instalado.
RCR misturou referências e destacou o rap melódico e o trap, estilos em ascensão dentro do gênero. Com a voz carregada no Auto-Tune, efeito que permite distorções quase robóticas, o jovem mandou uma série de músicas, que vêm sendo lançadas como singles desde 2016, quando iniciou oficialmente a carreira musical.
“Subimos preocupados e terminamos aliviados, foi um show intenso que nos deixou muito felizes. A recepção do público foi muito boa, não só aqui no palco, mas desde que chegamos em Corumbá”, conta RCR, que se chama Ray Clemente Raimundo, daí a sigla. Essa foi a primeira passagem do MC por Corumbá e não deixa de ser curioso que muita gente que assistia soubesse cantar as rimas que o jovem desenrolou no palco.
Dividindo os vocais com GZL e TWK, acompanhados pelo DJ TGB, o jovem rapper fez uma apresentação dentro dos padrões do estilo, com muito humor e presença. A surpresa ficou para a participação da MC Lili Black, que mandou rimas no improviso à convite de RCR. A rapper participou como jurada da Batalha de Rimas promovida pelo FASP em Corumbá.
“Chegar aqui hoje é parte de um projeto que se desenrola há anos. Comecei escrevendo, depois aprendi a fazer beat e hoje eu tenho meu próprio estúdio, no qual eu mixo, masterizo, gravo meu som e dos parceiros”, conta. “Tenho muito a agradecer ao TGB, que me iniciou nessa parada e também ao pessoal que me acompanha desde o início. Téo, Gustavo, são caras que me deram suporte pra que a gente chegasse aqui”, completa.
Texto: Thiago Andrade – Assessoria FASP 2022
Fotos: Muriel Xavier