Na noite de sábado (28), houveram duas apresentações de dança no Clube Corumbaense que mexeram com as emoções do público. A primeira com a Cia Danza Bethania Joaquinho do Paraguai, que apresentou o espetáculo ‘Lost and found’ e a segunda com a Cia de Ballet da Cidade de Niterói, com o espetáculo ‘Presença na Ausência’.
O medo de sair do país de origem em busca de novas oportunidades, enfrentando todos os desafios de um morador de um lugar desconhecido, com uma cultura diferente, tentando sobreviver diariamente, foi o tema central da apresentação da companhia paraguaia. Com uma curta duração, foi possível sentir as batalhas internas e externas sofridas por um migrante.
Presença na Ausência foi o primeiro espetáculo pós-pandemia, da coreógrafa Esther Weitzman, e também a primeira viagem da Cia de Ballet de Niterói para a apresentação depois de um pouco mais de dois anos.
Com sensibilidade ímpar, emocionando o público, abordaram o ciclo do Modernismo no país, que ficou marcada pela Semana de Arte Moderna de 1922, tema central do 16° Festival América do Sul Pantanal. Mas a atualidade não ficou fora de cena, atravessando os gestos dos bailarinos e tirando lágrimas de quem estava presente.
“Fui convidada pela Cia, que eu sempre admirei, pra fazer um trabalho em cima desse tema, a Semana de Arte Moderna. Além disso relacionei com tudo que vivemos, nos últimos dois anos, momentos tão fortes, de angústias, incertezas, desafios, e trabalhei com isso também. E estar aqui no Pantanal, esse símbolo tão forte pro país, é indescritível”, enfatiza Esther.
Texto: Bianka Macário Fotos: Marithê do Ceú