Levar arte e integrar os países vizinhos, foi com essa finalidade que o Coliseo Juan Evo Morales, em Porto Quijarro, na Bolívia, foi palco de três atrações que fazem parte da programação do 16º Festival América do Sul Pantanal. A performance dos artistas agitou a plateia repleta de jovens e crianças que interagiram do início ao fim.
A primeira atração foi o “Cabeção pelo Mundo”, idealizada pela dançarina e pesquisadora Maria Eugênia Tita, filha do casal de artistas Antonio Nóbrega e Rosane Almeida. A personagem faz uma brincadeira com a cabeça enorme como se o corpo fosse desproporcional e bem pequenina. A inspiração veio de uma tradição do Pará que chama Cabeçudos, de Santo Antônio de Edivelas.
Em seguida, foi a vez do artista Victor Ávalos, que dá vida ao palhaço Tomate. O comediante argentino criou um personagem extravagante e mordaz e centra seu trabalho todo na construção de balões. Usa instrumentos e outros dispositivos para falar de tipos sociais com muito humor para toda a família. Em duas décadas de palcos e aplausos, ele já percorreu mais de 20 países com seu espetáculo solo.
Por fim, para fechar o ciclo de apresentações em Porto Quijarro, a rapper de Dourados SoulRa levantou o público jovem do Coliseo. A menina solta, alegre e vibrante usa sua potência em músicas que falam sobre amor, liberdade e autoconhecimento. Raissa Sousa Carvalho se encantou pelo canto durante o coral da escola, ainda no primário e aprendeu violão aos sete anos. De lá prá cá, composições próprias que deram vida ao seu primeiro EP.
Para Ever Júnior Vireira, coordenador do grupo de baile de Porto Quijarro, a iniciativa trouxe um novo fôlego para a comunidade. “O Festival está de parabéns. As apresentações encantaram nossas crianças. Abriu sorrisos e gargalhadas de todos”, diz.