O nosso irmão vizinho emprestou o grupo de dança e canto da cultura popular de Mato Grosso, Flor Ribeirinha, que se apresentou no Palco Rio Paraguai, na tarde de domingo (12) – último dia do evento. Mais uma grande atração da 17a edição do Festival América do Sul.
Comandado pela mestre da cultura e doutora Honoris Causa pela Universidade Federal de Mato Grosso, Domingas Leonor da Silva, de 69 anos, da Comunidade de São Gonçalo Beira Rio, em Cuiabá, o Flor Ribeirinha trouxe cinco número de danças.
“Olha pra mim é motivo de muita alegria e felicidade, como presidente fundadora da associação cultural Flor Ribeirinha, estar aqui nesta cidade tão linda e maravilhosa. Eu agradeço por esta oportunidade e estamos sendo muito bem recebidos e espero mostrar um novo espetáculo no próximo Festival”, completou.
Acompanhado da viola de cocho e uma bela coreografia, as bailarinas entraram com moringas para mostrar a cultura e a produção artesanal.
Em seguida, sete bailarinos entraram no palco, portando remos, tão importante para o deslocamento dos ribeirinhos.
O Flor Ribeirinha atua no resgate, manutenção, proteção e difusão da cultura mato-grossense, com foco no Siriri e Cururu.
Uma troca de figurinos e os jovens bailarinos voltaram ao palco com a dança siriri, exaltando a cultura popular. Na plateia, o presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Eduardo Mendes, que assistiu o espetáculo do início ao fim.
O fruto guaraná foi homenageado em número solo da bailarina.
Neste momento, vários casais começaram a dançar em frente ao palco.
O “Canto das Três Raças”, de Clara Nunes, foi uma das músicas do espetáculo.
Um dos momentos mais bonitos foi a homenagem às tribos indígenas. Uma bela coreografia colorida dos integrantes encheu o palco.
O Grupo possui 39 bailarinos e completou
30 anos de existência. E por meio da música e da dança contribui para preservar as tradições festivas do estado do MT, como as celebrações das festas de santos, produção de cerâmica em argila, comidas e bebidas típicas, confecção e uso da viola de cocho.
Em outubro deste ano, o grupo de Siriri e Cururu Flor Ribeirinha venceu o “Cheonan World Dance Festival”, na Coreia do Sul, considerado o maior evento de dança folclórica da Ásia e o segundo maior do mundo. Esta é a primeira vez que um grupo brasileiro vence a competição.
Mas, o Flor Ribeirinha acumula outros títulos mundiais, conquistados em países como Turquia (2017), Polônia (2021) e Bulgária (2022).
Um belo espetáculo, de presente para a comemoração do Dia do Pantanal (12 de novembro).
Alexandre Gonzaga, Ascom FAS 2023
Fotos: Elias Campos
Galeria de imagens disponível no site: https://www.festivalamericadosul.ms.gov.br/flor-ribeirinha-mt/