Campo Grande (MS) – A cidade que tem na alegria e na beleza características marcantes recebe novamente a integração cultural dos povos do continente. O Festival América do Sul Pantanal une pela arte, gastronomia e inclusão pessoas de idiomas e costumes diversos, mas de muitas virtudes em comum. O ponto de encontro é a fascinante Corumbá, que irá ferver entre 14 e 17 de novembro na décima quinta edição do evento, mais uma vez organizado pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.
Com programação intensa e totalmente aberta ao publico (e que já pode ser conferida aqui), o Festival América do Sul Pantanal contará com apresentações musicais em três palcos especiais: Integração, onde ocorrem os maiores espetáculos, no Moinho Cultural, com um som mais “intimista” e em Ladário, cidade irmã que mais uma vez participa de forma integral do evento. Zezé di Camargo e Luciano, Paralamas do Sucesso, Diogo Nogueira e Lucy Alves agitam o público junto a músicos de nosso Estado e de outros países sul-americanos. Uma programação plural, definitivamente para todos os gostos.
Palcos também não faltarão para as apresentações de grupos teatrais, circenses e de dança sul-mato-grossenses, que terão a companhia de coletivos do Peru, Argentina, Bolivia e Uruguai. Peças que desvendam nossas alegrias e fraquezas, encantamento que o só o teatro é capaz de causar; coreografias impactantes, que unem energia e suavidade, a alegria e magia contagiantes do circo. Tudo aberto ao público, em palcos na Praça da Independência, no espaço Caixa Cênica e na Tenda Rio Paraguai, no Porto Geral.
Os já tradicionais pavilhões das Artes Visuais e da Economia Criativa revelam muito sobre nossa cultura e, claro, também abrem espaço para as inspirações e a criatividade de artistas e empreendedores de diferentes perfis. Oportunidade para conhecer obras selecionadas por edital pelo Museu de Arte Contemporânea da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul com suas múltiplas cores, formas e propostas. Excelente ocasião também de vivenciar experiências de destaque do setor criativo, como espaços para moda, design, literatura e gastronomia.
O Pavilhão dos Países receberá as plurais inspirações de artesãos sul-mato-grossenses e de artistas da Colômbia, Argentina, Paraguai, Bolívia, Peru e Venezuela. Todas as peças, que revelam traços culturais marcantes de suas origens, serão comercializadas. Também serão realizadas oficinas de criação por mestres da área e confecção de carteiras nacionais de artesão, documento nacional que possibilita a venda de peças em eventos nacionais, como o próprio FASP e feiras pelo Brasil.
Quebra-Torto – Pantaneiro em seu jeito, multicultural pela própria diversidade que acolhe. Música, contação de causos, lançamentos editoriais e debates em um espaço de grande beleza. Tudo isso com o gosto da culinária regional e sua deliciosa fartura. Café da manhã com jeito e sabor de almoço no campo, aliado ao visual do Porto Geral. O Quebra-Torto com Letras mais uma vez revela traços especiais de nossa cultura e do folclore do Estado. Terá nesta edição uma programação voltada para a integração, com a participação do escritor e professor uruguaio Fabian Severo e da também escritora argentina Selva Almada.
Homenagem – O rio que encanta os turistas que visitam Corumbá, que é alvo de fotos e videos, cenário de passeios e pano de fundo de encantamento e declarações de amor é o grande homenageado desta edição do Festival América do Sul Pantanal. E muito além de sua beleza e sua presença constante como cenário das atrações, o Rio Paraguai é o elo que nos une como irmãos sul-americanos.
Pelas suas águas Corumbá recebeu diferentes povos e suas variadas influencias culturais. O rio que alimenta, que transporta e que diverte é a razão de ser das cidades irmãs. Aspecto geográfico de disputa e divisão fronteiriça no passado, seu verdadeiro dom é o da integração. E lugar melhor para celebrar esta dádiva não há.
Mostra Rua – Grafitte, oficina de passinho, de videoclipe e de slam, batalha do porto. A arte em constante evolução que vem das ruas, da influência da cultura Hip Hop e que também prega a integração mais uma vez ganha espaço no Festival América do Sul Pantanal. As atividades acontecem no Porto Geral e nos bairros da cidade.
Cinema – Filmes que há pouco foram sucesso nas salas de cinema do Brasil e longas metragem premiados internacionalmente estão na seleção de atrações da sétima arte. Serão exibidos, sempre com entrada franca: “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho, “Turma da Monica – Laços”, de Daniel Rezende, o premiado “As Herdeiras” (Paraguai), a refilmagem do clássico “Beijo no Asfalto”, de Murilo Benício e “Uma Noite de Doze Anos”, que conta a jornada de sobrevivência de três revolucionários uruguaios, entre eles o ex-presidente José Mujica.
Celebração continental – Uma oportunidade de enaltecer nossas identidades culturais e a união de nações com trajetórias muito próximas. O Festival América do Sul Pantanal promove encontros que valorizam a diversidade cultural do continente, a criação e fruição de riquezas, o intercâmbio, a revelação de experiências e debates de temas relativos à cultura, à cidadania, ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável.
Mais informações sobre o evento podem ser obtidas na nossa página (www.fundacaodecultura.ms.gov.br) ou pelo telefone 3316-9109.
Texto: Márcio Breda